A arquitectura da casa Timor parte do programa; reconstituí um ciclo de uso anteriormente testado e aperfeiçoa o modo como a família vive os espaços da casa.
A sequência de utilização desenvolve-se a partir dos pisos inferiores e termina no espaço de trabalho da cobertura.
A arquitectura projecta-se em torno de cada uma das funções da casa, distribuindo-as em quatro pisos, transformando-as em nove corpos que se empilham uns sobre os outros deixando quatro espaços intersticiais entre eles.
Outras funções auxiliares e subsidiárias convertem-se em volumes de madeira e articulam a flexibilidade dos espaços: salas convertem-se em quartos temporários, quartos subdividem-se em zonas de trabalho…
O desenvolvimento construtivo e a pormenorização do projecto foram pensados para reforçar a maquete conceptual inicial: a expressão pétrea e depurada dos corpos em betão bujardado ou a fluidez espacial nos vazios intersticiais. O encosto entre os volumes tende a ser desmaterializado e reduzido à sua mínima expressão promovendo o balanço dos corpos do interior para o exterior, ou vice-versa.
Ficha técnica:
arquitectura por Paula Sousa Pinheiro
em colaboração com:
Edgardo Cechinni, Marcos Magalhães
fotografia:
Egídio Santos
projecto de estruturas:
Rafael Gonçalves, Kn engenharia
projecto de infra-estruturas hidraulicas:
Manuel Rezende Pinto
projecto de infra-estruturas gás:
instalações e equipamentos mecânicos:
Eduardo Amaro
projecto de instalações eléctricas:
Projectina
habitação unifamiliar, 492 m2
projecto entre 2006-07
execução entre 2007-12